INTRODUÇÃO HISTÓRICA:
A identificação da doença de Berger teve o seu início nos anos 60. Em 1962, Galle e Berger descreveram uma entidade anatomo-patológica caracterizada histologicamente pela presença de depósitos fibrinóides mesangiais e
clinicamente por proteinúria e micro-hematúria. Dois anos depois, Galle identifica esses mesmos depósitos em microscopia electrônica, mostrando a sua presença ubiquitária nos mesângios glomerulares. Mais tarde, em 1968, Berger e Hinglais definem-na, através do estudo de imunofluorescência do córtex renal, como uma nefropatia glomerular por deposição de imuno-complexos antiimunoglobulina A e anti-imunoglobulina G (anti-IgA e anti IgG)